“Alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos. Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro se tornar cinzas?”
Arquivo de: jul.2010
O importante não são quantas pessoas telefonam pra você, nem com quem você saiu ou está saindo.
Também não importa se você nunca namorou.
O importante não é quem você beijou.
O importante não são seus sapatos, nem seus cabelos, nem a cor da sua pele, nem onde você mora, que esporte você pratica ou o colégio que freqüentou.
Na verdade, o importante não são suas notas, seu dinheiro, suas roupas ou se passou na ou pela faculdade, nem qual delas.
Na vida, o importante não é ser aceito ou não pelos outros.
O importante na vida é quem você ama e quem você fere.
É como você se sente em relação a você mesma.
É confiança, felicidade e compaixão .
É ficar do lado dos amigos e substituir o ódio por amor.
O importante na vida é evitar a inveja, não querer o mal dos outros, superar a ignorância e construir a confiança.
É o que você diz e o significado de suas palavras.
É gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que têm.
Isso é importante.
Cruzando os braços na cama, a fazer de morto, de olhos fechadinhos. Sem responder a perguntas. Sem sorrir por simpatia. Sem ambicionar nada. Não ter desejos nem ambições. Fazer de morto e, quando a raiva vier, gritar para dentro de um saco e voltar à posição de morto.
Amigo é uma coisa que a gente perde ao longo da vida. encontramos vários, nos apegamos a alguns e, a certa altura, somos forçados a colocar o prefixo ex antes do nome daquele que enchia nosso coração de carinho e de certeza.
Perder um amigo para a vida, e não por uma fatalidade, é uma dor dilacerante. a gente pensa que amizade é pra sempre, que, quando a gente for velhinho e lembrar de tudo que aconteceu, estarão perto de nós aqueles que a gente escolheu como a família do coração.
Mas a vida tem dessas decepções. uma hora é você que sai de cena.
em outra, a vontade é daquele que te dava toda certeza do mundo de que ficaria ali para sempre.
A primeira vez em que eu tive que tornar um amigo ex-amigo, senti uma dor que acabou comigo. fiquei sem entender, chorei, chorei. por um tempo, foi difícil acreditar de novo na beleza, na simplicidade e nas diversas nuances de uma amizade.
Optei por deixar a amargura de lado e seguir em frente, ainda com esperança de que aquela dor eu não sentiria mais. novas amizades vieram, as que importavam de verdade permaneceram. e não senti aquela dor de novo, não daquele jeito. mas outras dores apareceram pra mostrar que a vida é assim mesmo, por mais que a gente se pergunte se já não teve a nossa cota.
O bom é que dor ensina. e depois que a gente sente uma que parte o coração em mil pedacinhos, aprende a relativizar as outras. e, melhor ainda, renova o olhar diante dos amigos de sempre, aqueles por quem a gente sente todo o amor do mundo e em quem temos a sorte de encontrar reciprocidade.
[Relato da Daniela Arrais,
mais muito pertinente também a minha pessoa]