Eu tenho cada vez mais menos respostas, mas também tenho cada vez mais menos perguntas. Disso eu não duvido mais: tenho cada vez menos certezas. E isso não me tornou insegura, não me fez perder a confiança, não me fez trancar de novo o coração. Muito pelo contrário. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade para alimentar dores e com muito mais preguiça de sofrer. Quanto mais o tempo passa, menos faço por onde adiantar a morte, mais tento fazer por onde aproximar a vida. Os fios grisalhos da cabeleira também menina da minha alma dizem um viço que acende a vontade dos encantamentos de verdade. De verdade,entenda, é quando o encantamento realmente faz a gente sorrir.
Coisas que já me importaram à beça já não me importam nem um pouco, enquanto aquilo que essencialmente sempre teve importância me importa, agora, com maior espaço e nitidez. Como deve acontecer com outros tantos aprendizes da coragem, às vezes, cansadíssima das lições e dos recursos do método pedagógico, eu recordo que a covardia, pelo menos na aparência, é bem mais fácil, bem menos trabalhosa, e, claro, bem mais egoísta, eu já estive lá com mais frequência do que ainda, às vezes, me hospedo. Mas aí, justo neste ponto, costuma acontecer algo bem bonito: também recordo de cada flor que veio à tona só porque tive coragem de cuidar da semente. Só porque eu cuidei. Só porque eu não me acovardei, mesmo que tantas vezes com todo medo do mundo.
Ana Jácomo
Estou encerrando este Blogue.
Desanuviar foi criado em um momento triste. Serviu para desafogar as coisas que cá incomodavam. Feito menina, um diário. Já disse em outra ocasião que tinha perdido o sentido espantar nuvens que já não existem. Contudo não quero mais falar de picuinhas. Chegando a isso tem esse freehostia que chegou a sua capacidade máxima me obrigando a decidir minhas prioridades na Vida. =/ Tem a vontade de fazer coisas novas. De parar um pouco com essa vida virtual. Ao mesmo tempo que encaro novas coisinhas como o DL-2011 e continuo firme com minhas 101 coisas quase impossíveis. Tudo aqui fica como memória apenas. Um passado que nas entre linhas muitas vezes me faz chorar mas que de algum modo não quero abrir mão porque também é parte do que sou. Um grande arquivo de 400 e muitos posts. Cheguei à exatos 2 anos em meio à tempestades e gosto de hoje olhar esse lindo céu que se abriu nos meus dias.
Mas de todo modo não sumo.
Talvez dê um tempo por hora.
Toque a ideia original de outro blogue.
[Mas no fundo sei que aquilo lá ainda vira outro diário]
Meus 5 leitores, se desejarem mesmo, Me encontrem aqui.
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