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Sinceramente, eu espero…

Espero que você tenha se apaixonado pelo menos uma vez este ano e, caso não tenha sido correspondida, que tenha aceitado que não dá para obrigar ninguém a nos amar. E, se ele também se apaixonou, espero que você não estrague tudo por causa de medo, ciúme e insegurança. Espero que você tenha tratado com delicadeza todas as pessoas que não ama e tenha dado seu melhor para quem ama. Espero que tenha feito tudo (e mais um pouco) para não perder amizades caras e que tenha tido coragem e tempo de dizer “gosto de você” para os amigos que a vida se encarregou de levar – temporariamente ou para sempre. Espero que você tenha magoado poucas pessoas e compreendido que, quando fere alguém de quem gosta, a dor maior fica com você. Espero que tenha abraçado e beijado seus pais, mesmo que eles não saibam como demonstrar o carinho que você gostaria. Dificilmente eles mudarão o jeito de ser. Espero que suas expectativas tenham sido atendidas. Mas se não foram, que você tenha entendido que elas podem ter sido altas demais. Espero que tenha apartado uma briga, oferecido um ombro (ou os dois), que tenha se deixado envolver num abraço inesperado, matado aquela saudade insuportável, beijado com vontade. Que tenha feito muitos brindes olhando nos olhos, falado mais verdades do que mentiras e que não tenha mentido olhando nos olhos. Espero que tenha aprendido a perdoar e não só a pedir perdão, lavado a alma de tanto chorar, dado a volta por cima mesmo estando por baixo. Que seu orgulho e sua vaidade tenham diminuído um ponto que seja, que seus medos tenham se transformado em caminhos iluminados e que você tenha caminhado na direção dos seus medos. Espero que tenha feito algo por alguém que não conhecia e que tenha desfeito todos os mal entendidos. Espero ainda que tenha julgado pouco, inclusive a si mesma. Que tenha banido a culpa de sua vida e ficado somente com a consciência. Espero que não tenha adoecido, mas se aconteceu que você tenha firmeza nos bons pensamentos para se curar. Finalmente, espero que tenha avançado alguns passos em busca do autoconhecimento para ser amanhã alguém melhor do que hoje.

Fernanda Santos


O Senhor Eliot

 

Há uma fábrica de pensamentos
e essa fábrica não sou eu.
No fundo, e em síntese, o verso aqui analisado.
Tenho tantas coisas na minha cabeça,
não pode ser para mim.

- Gonçalo M. Tavares . [achado aqui]

Eu podia falar de Amor

mascara

A diferença entre vestir uma máscara, algo que sempre constitui uma chance de liberdade, e usá-la porque outros lhe impõem, é a mesma diferença existente entre um refúgio e uma prisão.


Sam Savage, Firmin, Planeta, pg. 195.

[achei aqui]

 

 

 

Hoje eu sei.

 

Liberdade na vida é ter um amor para se prender.

Fabrício Carpinejar

 

 

Eu sei que não devia.
Mas não me arrependo do rumo que minha vida tomou.
Não me arrependo de está sem rumo.

- Eu gosto de você.

Isso muda tudo, em quintas feiras onde você mata aula de baixo e me leva ao shopping pra lanchar.
Muda quando as pessoas riem de toda essa situação de estarmos juntos.
Muda quando te pergunto se nossos amigos já sabem.
Muda quando não me importo. E vejo em você meu rumo.


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Pensando em 20 de julho

[Amizade]

 

Amigo é uma coisa que a gente perde ao longo da vida. encontramos vários, nos apegamos a alguns e, a certa altura, somos forçados a colocar o prefixo ex antes do nome daquele que enchia nosso coração de carinho e de certeza.

Perder um amigo para a vida, e não por uma fatalidade, é uma dor dilacerante. a gente pensa que amizade é pra sempre, que, quando a gente for velhinho e lembrar de tudo que aconteceu, estarão perto de nós aqueles que a gente escolheu como a família do coração.

Mas a vida tem dessas decepções. uma hora é você que sai de cena.
em outra, a vontade é daquele que te dava toda certeza do mundo de que ficaria ali para sempre.

A primeira vez em que eu tive que tornar um amigo ex-amigo, senti uma dor que acabou comigo. fiquei sem entender, chorei, chorei. por um tempo, foi difícil acreditar de novo na beleza, na simplicidade e nas diversas nuances de uma amizade.

Optei por deixar a amargura de lado e seguir em frente, ainda com esperança de que aquela dor eu não sentiria mais. novas amizades vieram, as que importavam de verdade permaneceram. e não senti aquela dor de novo, não daquele jeito. mas outras dores apareceram pra mostrar que a vida é assim mesmo, por mais que a gente se pergunte se já não teve a nossa cota.

O bom é que dor ensina. e depois que a gente sente uma que parte o coração em mil pedacinhos, aprende a relativizar as outras. e, melhor ainda, renova o olhar diante dos amigos de sempre, aqueles por quem a gente sente todo o amor do mundo e em quem temos a sorte de encontrar reciprocidade.

 

 


[Relato da Daniela Arrais,
mais muito pertinente também a minha pessoa]



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