Arquivo da Categoria: Céu Nublado


Que venha 2011

 

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço, cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
– Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser… E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço…

 

- Álvaro de Campos

 

 

 

 

 

 

 

 

Na fé, eu sou capaz de me dizer, com amorosa humildade, que grande parte das vezes eu não sei o que é melhor para mim.
Eu não sei, mas Deus sabe.
Eu não sei, mas minha alma sabe.
Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga:
Tomara que as nossas vontades coincidam“.

Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender.

 

 

[Ana Jácomo]

É simples.

“Quero que todos sejam felizes e me deixem em paz.”

- Clarice Lispector.




Pensei, pensei , pensei…
Esse ano vou encarar:

  • O que é?
    Uma gincana literária cuja tarefa principal é ler um MÍNIMO de 12 livros em 01 ano.
    A cada mês, um tema de leitura diferente, etc e tal [clica aí na imagem se deseja saber mais].


Todavia…
Não a farei por aqui!

Minha Lista pode ser acompanhada aqui oh: DL-2011.

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O Senhor Eliot

 

Há uma fábrica de pensamentos
e essa fábrica não sou eu.
No fundo, e em síntese, o verso aqui analisado.
Tenho tantas coisas na minha cabeça,
não pode ser para mim.

- Gonçalo M. Tavares . [achado aqui]

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