Arquivo da Tag: Ctrl + V


Meus Três Amigos

Ou

Sobre meus Três ” Eus”

(pq mato formigas tbm)







Continuar a Ver »

Bate assopra!

“- Não é preciso mostrar beleza aos cegos,

nem dizer verdade aos surdos.

Basta não mentir para quem te escuta,

nem decepcionar os olhos de quem te vê.”


Continuar a Ver »

Sei de gente obcecada com nenhures, convencida de uma importância que não tem nem nunca terá, gente paranoicamente consumida pelo estímulo da perseguição, que a toda a hora projecta nos outros os seus mais recalcados vícios, sei de gente que, vista de perto, é como um imenso lago viste da estratosfera, ou seja, nada, gente que se julga mais gente do que na realidade é. Sei de gente que anda sempre à procura de alguma coisa com os olhos no horizonte, gente que olha tanto para a frente que nem repara na merda de cão que pisa enquanto anda, porque é gente que não olha para os próprios pés nem nunca os traz descalços, é gente que passa a vida a tentar olhar o mundo por cima dos ombros de outra gente, arrastando consigo o caos dos equívocos que matam e ferem e deixam cicatrizes impossíveis de sarar. Os departamentos de estado devem rebentar pelas paredes de gente assim, gente que olha para tudo com um terceiro olho e procura no vazio alguma coisa que possa estar cheia, uma coisa que não se sabe bem o quê, gente que paga e despende, gente que desperdiça os dedos sem olhar as unhas, gente com garras de borracha e vestidos de organdi. Os departamentos de estado simpatizam com gente assim. Esta gente é o sexo dos anjos, um sexo murcho e cobarde a agir por antecipação, um orgasmo precoce que não tem escrúpulos na traição porque é gente que desde pequena se trai a si própria. Por alguma coisa, todos queremos alguma coisa. Ansiamos pelo nosso dia, pela hora h, pelo momento de sorte que até aos nascidos sem cu causa excitação. Mas não nos excitemos em demasia. Quando menos esperamos, o que julgávamos grande torna-se pequeno. Nestas coisas é preciso ter o olho da demora. Não vale a pena querer ver a Terra da lua se nem para a vermos dentro da nossa própria casa temos olhos. Pousemos a cabeça sobre a nação. As conspirações apenas nos ensinam que nada temos a aprender.


Li aqui.

foi a Velha Usuária que disse, mas hoje as palavras são minhas também

Talvez você não tenha escolha, talvez a forma do amor seja sempre a de uma esfera – como uma bola de cristal. Ao menos assim se manifesta quando lhe rompem em pedaços, lhe quebram.
Ele, que era só forma.
Estilhaça-me. E não sobram especificidades de esfera. Esfera… Só restam pedaços disformes e estes se fazem apenas função. Destina-se a sangrar quem lhe quebrou, não por raiva nem deliberadamente. É sua forma-função que fatalmente assume.
Ainda julgam-me cruel, porque não sou eu quem sangra. Como se apenas o sangue legitimasse sofrimento.
Acontece que dor do corte é óbvia, carne, é sentir o substancial presente, inquestionável, tão certo quanto é a coagulação.
Quando se é resíduo de algo a sua própria existência não passa da intuição de um passado. A única confirmação de realidade é ter perfurado aquele que o transformou em estilhaço. No pequeno espaço de tempo em que tudo se quebra e o sangue escorre, esquece-se o que é que foi quebrado, pois as partes não podem ter noção do todo.
Vou lhes contar do sofrimento de fazer sangrar.
Quanto mais os cacos perfuram, mais percebem o que não são, que lhes faltam partes. Esse sofrimento, da inconpletude é sua condição de caco, um vazio consciente e incerto, vazio que não consiste em morte. Em suspiros dilacerantes, uma dor que não sangra.

2.0

De uma página nascida em branco,
O meu livro tem sido escrito.
Tantas páginas já se passaram,
Não sei quantas ainda virão.
Mas eu sei que as tintas usadas
Na escrita dos fatos do livro
Não são tintas compradas em série,
Foram feitas com cores seletas,
Cores únicas de uma única paleta
Manejada por mãos únicas, celestes.

Frases, parágrafos, capítulos
Personagens que vêm e que ficam
E também os que passam um verão…
Tudo o que nele é escrito, pintado, inserido
Tem propósito; nada é em vão!
Nada é criado ao acaso:
Os sorrisos abertos, os prantos vertidos,
Os tempos amargos, os dias dos bons sabores…
Tudo tem um plano bem definido
Por Aquele que escolhe, da vida, as cores.

Muitas vezes, insisto em redigir
Com mão própria algumas passagens.
Pensando escrever melhor minha vida,
Acabo frustrando-me só com miragens.
E quando, cansada, devolvo o meu livro
Àquele que detém o perfeito roteiro
Sempre sou surpreendida pela forma
Como Ele, com amor e paciência, transforma
Os rabiscos que faço na minha história
Em poemas para o meu bem e para Sua glória.



FELIZ 29 DE MAIO PRA MIM !!!
\O/

do PavaBlog

Related Posts with Thumbnails
Movido a Wordpress. Tema Motion traduzido por WPThemesPT.