Mas vai passar.
♪
Eu sou Goiás
Com muito Amor
Eu vou contigo aonde for
♫
Nosso Clube é a nossa Glória
A nossa Garra, nossa Gente, nossa História!
E se todo Amor carrega sofrimento… Eis a prova!!!
Mas vai passar.
♪
Eu sou Goiás
Com muito Amor
Eu vou contigo aonde for
♫
Nosso Clube é a nossa Glória
A nossa Garra, nossa Gente, nossa História!
E se todo Amor carrega sofrimento… Eis a prova!!!
um dos vídeos mais tristes que eu já vi
… você só me fez mudar e depois mudou de mim…
desgraçado mesmo
=/
e dos grandes
foi a Velha Usuária que disse, mas hoje as palavras são minhas também
Talvez você não tenha escolha, talvez a forma do amor seja sempre a de uma esfera – como uma bola de cristal. Ao menos assim se manifesta quando lhe rompem em pedaços, lhe quebram.
Ele, que era só forma.
Estilhaça-me. E não sobram especificidades de esfera. Esfera… Só restam pedaços disformes e estes se fazem apenas função. Destina-se a sangrar quem lhe quebrou, não por raiva nem deliberadamente. É sua forma-função que fatalmente assume.
Ainda julgam-me cruel, porque não sou eu quem sangra. Como se apenas o sangue legitimasse sofrimento.
Acontece que dor do corte é óbvia, carne, é sentir o substancial presente, inquestionável, tão certo quanto é a coagulação.
Quando se é resíduo de algo a sua própria existência não passa da intuição de um passado. A única confirmação de realidade é ter perfurado aquele que o transformou em estilhaço. No pequeno espaço de tempo em que tudo se quebra e o sangue escorre, esquece-se o que é que foi quebrado, pois as partes não podem ter noção do todo.
Vou lhes contar do sofrimento de fazer sangrar.
Quanto mais os cacos perfuram, mais percebem o que não são, que lhes faltam partes. Esse sofrimento, da inconpletude é sua condição de caco, um vazio consciente e incerto, vazio que não consiste em morte. Em suspiros dilacerantes, uma dor que não sangra.
Sofremos por quê?Porque automaticamente esquecemoso que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeçõesirrealizadas,por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos,por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.Por todos os beijos cancelados,pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional…