Arquivo da Tag: sofrimento


Daí que o doi aqui dentro.

Mas vai passar.

:cry:




Eu sou Goiás
Com muito Amor
Eu vou contigo aonde for

[triste]

Nosso Clube é a nossa Glória


A nossa Garra, nossa Gente, nossa História!


 

 

 

 

 

 

:cry: E se todo Amor carrega sofrimento… Eis a prova!!! :cry:

um dos vídeos mais tristes que eu já vi

… você só me fez mudar e depois mudou de mim…
desgraçado mesmo
=/
e dos grandes

foi a Velha Usuária que disse, mas hoje as palavras são minhas também

Talvez você não tenha escolha, talvez a forma do amor seja sempre a de uma esfera – como uma bola de cristal. Ao menos assim se manifesta quando lhe rompem em pedaços, lhe quebram.
Ele, que era só forma.
Estilhaça-me. E não sobram especificidades de esfera. Esfera… Só restam pedaços disformes e estes se fazem apenas função. Destina-se a sangrar quem lhe quebrou, não por raiva nem deliberadamente. É sua forma-função que fatalmente assume.
Ainda julgam-me cruel, porque não sou eu quem sangra. Como se apenas o sangue legitimasse sofrimento.
Acontece que dor do corte é óbvia, carne, é sentir o substancial presente, inquestionável, tão certo quanto é a coagulação.
Quando se é resíduo de algo a sua própria existência não passa da intuição de um passado. A única confirmação de realidade é ter perfurado aquele que o transformou em estilhaço. No pequeno espaço de tempo em que tudo se quebra e o sangue escorre, esquece-se o que é que foi quebrado, pois as partes não podem ter noção do todo.
Vou lhes contar do sofrimento de fazer sangrar.
Quanto mais os cacos perfuram, mais percebem o que não são, que lhes faltam partes. Esse sofrimento, da inconpletude é sua condição de caco, um vazio consciente e incerto, vazio que não consiste em morte. Em suspiros dilacerantes, uma dor que não sangra.

Definitivo

Definitivo,como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê?Porque automaticamente esquecemoso que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeçõesirrealizadas,por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos,por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.Por todos os beijos cancelados,pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional…

[Carlos Drumond de Andrade]

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