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Medo de se apaixonar

Medo de se apaixonar Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Continuar a Ver »

descconfiando

Não gosta de cachorro.
Não gosta de criança.
É brigado com todos os ex-namorados.
É amigo de todo mundo.
Sempre diz que tudo está bom.


Alex Castro

[riso e pranto]

Sabe, você sabe que é pra você que falo
então, não me venha com a moralidade que tanto lhe “cai bem”
Deixa eu te contar um segredo: “Não cai”
E deixa eu contar outro também: Eu ri.

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[a&e]

Um dia, imagino eu, vamos tomar um café com menta naquele local caro e conversar aleatoriedades até a hora de você me deixar na festa na mesma rua, um pouco ali pra frente. Estará chovendo e eu vou sujar meu salto no barro  no caminho do restaurante até o carro. Sempre tem terra vermelha molhada onde piso. Vamos rir bastantante da minha loucura de desenhar corações no seu vidro. Imagine se que depois de muito papo-cabeça, um virará para o outro e desejará qualquer outra coisa que não conversar papos-cabeça que não levam a lugar algum. Mas neste instante ela te ligará. Desejarei beber e fumar. Vocês vão brigar. Eu não vou ter coragem de sair pra dançar deixando você no estado que se encontrará. Você vai dizer que a culpa não é minha. Eu não vou me convencer.Você vai resmungar qualquer coisa sobre já não aguentar mais. Vou reparar que já terá parado de chover. Acho que decidirei não ir mais a festa. Penso que procuraremos um Pão de Açucar aberto e compraremos um vinho. Penso que será o mesmo vinho de sempre. Penso que compraremos algo pra comer também, a meu pedido lógico, pois não vou beber mais uma vez de estômago vazio e cabeça cheia. A título de comprovação nosso: isso nunca foi boa saída. Haverá cigarros também, porque você sabe: cigarros apenas quando a noite pede. E nossas noites, nessa altura da vida, incrivelmente pedem.
Imagine então, que logo após eu virar metade da garrafa praticamente sozinha (você bebendo pouco porque estará dirigindo) ou sóbria mesmo, eu te encare  e  te faça qualquer proposta recusável -visto meu estado. Imagino então que no segundo cigarro (marlboro light, não é?) você me lembre do local público que estaremos. Me puxará de lado e  aceitará a proposta em tom de recusa. Haverá risos no tom de ironia disso tudo. Sentaremos perto um do outro no meio fio molhado e riremos como bons amigos em noites de sexta feira. Contaremos histórias reais mas que mereceriam ser apenas fantasias.  Talvez nessa mesma noite seu pai me veja, meio sem querer, no estado deplorável de ser humano: suja, bêbada e transpirando cigarro por cada poro do corpo (oras! ao menos bons cigarros por favor…). Talvez  ele ainda brigue contigo e te ensine a levar boas companhias para casa no meu lugar. rsrs.
Imagino por fim que outro dia- ainda mais no futuro- eu ainda vou rir com levesa desta noite tão tensa – diria densa?
E quando recorda-la com carinho, ela virará poema. xD (yn) juro!

[parte racional operando]

respire fundo…
Anestesie a alma!

Não sinta odio.

Mantenha a dignidade.
Ele é um canalha. Só ele. Você não precisa ser.

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parte não racional: BABACA, filho da Puta, desgraçado, ordinario, EX...






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