Discretamente, enviei sinais de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais. Não foi só você, não. Foram também pessoas até mais íntimas, (…) me virei sozinho com enormes dificuldades. Não me lamuriei. Mas preciso que as pessoas saibam que isso doeu — exatamente porque algumas destas pessoas (…) importam para mim.
Caio F. Abreu in “Cartas”
Arquivo da Tag: Caio Fernando Abreu
é com ‘gê’ maiúsculo mesmo,viu?
Gostar.
São dois causos, três dependendo do ponto de vista.
“Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, predeterminado, que não pode ser violado. Um roteiro interno que nos diz exatamente o que devemos ou não fazer, e obedecemos sempre, mesmo que nos empurre para aquilo que será aparentemente o pior. O “pior” às vezes é justamente o que deveria ser feito?”
CFA“Eu entro nesse barco, é só me pedir. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena.
Que por nós vale a pena.
Remar. Re-amar. Amar.”
O primeiro a amiga que diz que Amar é escolha.
O segundo medindo a inseguração que sufocantemente assusta .
…
sem nenhuma amargura,
nenhuma vaga saudade,
rejeição, rancor ou melancolia.
Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro,
daquele sábado, daquele vento, daquele céu azul
– daquela não-dor, afinal.”