Arquivo da Tag: Amizade


Sentada no sofá, senti o incomodo
e me vi do outro lado da porta, do outro lado da linha
:oops:   ruborizei
me vi anos passados como aquela que hoje enfadava meu Coração


Então eu vi os olhos daquela menina
aquela que por vezes fora minha amiga,
aquela que eu magoei enquanto me fazia de magoada
aquela que obriguei a crescer drasticamente em poucos meses pela desonrra
aquela que amou, que lutou por mim enquanto ferida de mais eu só a afastava dos meus dias
vi aqueles olhos e senti falta daquele carinho tão vital
Descobri depois de tanto tempo que todos são insubstituiveis
e que ela faz falta gigantesca na minha vida

Senti o sangue gelando na propria definição de  John Bradshaw 
“emoção que nos deixa saber que somos finitos”

Vergonha
:-(


E uma vontade de fazer diferente.

Perdoe, mas uma vez.

[magoa]

“Mágoa é uma dor invisível que fica dentro da gente,
só alivia quando conseguimos perdoar.”

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Foi o que ela disse depois do risinho e do ‘Amigaaaaaaaaaa…’

eu ri, porque com ela, eu tenho que rir.

do mesmo modo que pra outra eu tenho que parecer séria.

e pra outra tenho que parecer forte.

Mas o  caso é que são cinco garotas, eu e outras quatro.

Duas duplas que conheci em ambientes diversos.

Então é isso que tenho pra dizer:


“Amigaaaaaaaaaaa, a vida é agridoce!”
\o/ se entrega


[agridoce]


Perco a consciência, mas não importa,

encontro a maior serenidade na alucinação

Clarice Lispector


Discorde comigo

Não Olhe Pra Trás
Capital Inicial

Composição: Alvin L. / Dinho Ouro Preto

Nem tudo é como você quer
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito

Se o que é errado ficou certo
As coisas são como elas são
Se a inteligência ficou cega
De tanta informação

Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe prá trás

Você quer encontrar a solução
Sem ter nenhum problema
Insistir em se preocupar demais
Cada escolha é um dilema

Como sempre estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder

Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe prá trás





A hora Íntima

Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: — Nunca fez mal
Quem, bêbado, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto
Sorrirá: — Rei morto, rei posto
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: — Foi um doido amigo
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?

Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançara um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?

Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: — Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: — Não há de ser nada…
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?



Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores ?

 

 

 

 

 

Vinicius de Moraes
Rio, 1950

 

[amigos]



seu  jeito de ser


É bom se retirar antes que restem apenas memórias ruins
apenas por questão de respeito

 

 

 

 

A palavra é confiança

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