Arquivo da Categoria: *6* Eles


Ele olhou pro céu e disse que olhar as estrelas é contemplar a morte e mesmo assim acha-la incrivelmente bela, grande parte delas emitiu seu último brilho alguns anos antes da Terra se formar e mesmo assim hoje estamos aqui admirando, algo deixou de existir físicamente mas durante muito e muito tempo será reconhecido pelo brilho de seus intensos momentos de existência. O fim de alguma coisa não tem que ser necessariamente ruim. Por que você diz isso desta forma? – perguntei baixinho, já enxugando a lágrima safada que escorria pelo rosto que se apoiava no ombro dele. Você sabe. Não, não sei. Eu amo você, mas escolhi ficar com ela.

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[enfrentamento]


Desculpas & Agradecimentos

Me desculpe por isso. Prometo que  que me esforçarei para que sejam as últimas linhas.
Não falo isso pra pranto ou vela, apenas por uma questão de memória.

Desculpa por ter agido muita das vezes como se só eu tivesse importância, ou ter te tratado mal, ou não ter sido perfeita nem quando você merecia. Desculpa por descontar em você coisas que você não merecia ter ouvido, por não te entender e deixar você segurar uma barra maior que deveria ter segurado. Desculpa por ter apoiado a base do meu crescimento todo nas suas costas jovens. Desculpa por ter te causado dor, por ter te feito chorar, por ter deixado você sozinho. Desculpa por não ter estado com você todas as vezes que precisou de mim, por ter te julgado, por ter subjugado sua capacidade de ser grande, mesmo sendo tão novo.  Desculpa por te fazer se jogar de cabeça sabendo que não tinha pilares pra te sustentar caso a gente caísse. Desculpa por te forçar a crescer, por te forçar a lutar, por te forçar a ser por mim o que ninguém jamais tinha sido.

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Uma alegria para sempre

fim“As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam
. Só no mundo do nunca
existem lápides… Que importa se –
depois de tudo – tenha “ela” partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura…
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer.”

 

 

De Mário Quintana
que ouvi em uma bienal do livro no principio de outros maios

5 anos.

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