[L & F]Você é a página da esquerda e eu sou da direita.Você me antecede. Só faço sentido depois de sua leitura.Só tenho significado porque você me segurou nos momentos mais difíceis, acalmando a minha ansiedade, dando cama para meu medo, cavando espaço entre as letras para que sentasse.Quando alguém não me entende,volta atrás e lê sua página e você me explica. Sempre me explicou. Sempre teve paciência para abrir minhas metáforas.
(…)
Não sei quando nos conhecemos porque quando amamos toda a nossa vida quer participar do primeiro encontro. Meu esquecimento da nossa origem é excesso de memória. Não, é excesso de desejo. O desejo é tanto que não há como interrompê-lo de lembrar.Há alguns que pensam rápido demais e não conseguem falar.Eu o amo rápido demais e não consigo lembrar.”

 

 


 

Assim ela encerrou a carta.
Um texto de
Fabrício Carpinejar
Madrugada de sábado e a ausência. Dor latente.
Releu.
Ela se viu como uma, mais uma,
que agia erradamente sem querer.
Olhou pra si mesma e finalmente admitiu:
chegara ao ponto irreversível da vida!

Passado e presente revogados.
Deste ponto em diante é que sua vida seria lembrada.
Amarrada pelo Amor e não desejando lutar contra isso.
Totalmente entregue.
Totalmente apaixonada.

f&l


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