Arquivo de: mar.2010


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Um dia, imagino eu, vamos tomar um café com menta naquele local caro e conversar aleatoriedades até a hora de você me deixar na festa na mesma rua, um pouco ali pra frente. Estará chovendo e eu vou sujar meu salto no barro  no caminho do restaurante até o carro. Sempre tem terra vermelha molhada onde piso. Vamos rir bastantante da minha loucura de desenhar corações no seu vidro. Imagine se que depois de muito papo-cabeça, um virará para o outro e desejará qualquer outra coisa que não conversar papos-cabeça que não levam a lugar algum. Mas neste instante ela te ligará. Desejarei beber e fumar. Vocês vão brigar. Eu não vou ter coragem de sair pra dançar deixando você no estado que se encontrará. Você vai dizer que a culpa não é minha. Eu não vou me convencer.Você vai resmungar qualquer coisa sobre já não aguentar mais. Vou reparar que já terá parado de chover. Acho que decidirei não ir mais a festa. Penso que procuraremos um Pão de Açucar aberto e compraremos um vinho. Penso que será o mesmo vinho de sempre. Penso que compraremos algo pra comer também, a meu pedido lógico, pois não vou beber mais uma vez de estômago vazio e cabeça cheia. A título de comprovação nosso: isso nunca foi boa saída. Haverá cigarros também, porque você sabe: cigarros apenas quando a noite pede. E nossas noites, nessa altura da vida, incrivelmente pedem.
Imagine então, que logo após eu virar metade da garrafa praticamente sozinha (você bebendo pouco porque estará dirigindo) ou sóbria mesmo, eu te encare  e  te faça qualquer proposta recusável -visto meu estado. Imagino então que no segundo cigarro (marlboro light, não é?) você me lembre do local público que estaremos. Me puxará de lado e  aceitará a proposta em tom de recusa. Haverá risos no tom de ironia disso tudo. Sentaremos perto um do outro no meio fio molhado e riremos como bons amigos em noites de sexta feira. Contaremos histórias reais mas que mereceriam ser apenas fantasias.  Talvez nessa mesma noite seu pai me veja, meio sem querer, no estado deplorável de ser humano: suja, bêbada e transpirando cigarro por cada poro do corpo (oras! ao menos bons cigarros por favor…). Talvez  ele ainda brigue contigo e te ensine a levar boas companhias para casa no meu lugar. rsrs.
Imagino por fim que outro dia- ainda mais no futuro- eu ainda vou rir com levesa desta noite tão tensa – diria densa?
E quando recorda-la com carinho, ela virará poema. xD (yn) juro!

*Prova em Colégio Católico o slogan da Campanha da Fraternidade estampado na fachada
as 08:00 da manhã consigo ouvir a primeira pérola:
“Tá bom! Fala isso pra todo mundo aqui que tá tentando um salário de 5 digitos por mês!”

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nas palavras dela…

tumblr_kz3drxgCrI1qatn25o1_500“Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
Não vivo sozinha porque gosto e sim porque aprendi a ser só.”

(Florbela Espanca)

Sobre Quarta de noite

[É pra ler só depois de dar play nesta música,ok?]

Tenho que pensar,
mas estou apenas farta
Farta de parecer corajosa
Farta de ser o que preciso que sejam
Eu só gostaria de ter coragem o bastante para ser covarde,
perdedora e irresponsável quando eu bem entender.

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O amor é mesmo engraçado. Do nada, um sentimento surge. E fica oscilando feito a Bolsa de Valores. Vai e vem, sobe e desce. Funciona assim: ele está sendo muito legal com você, então ganha pontos. Ele dá uma resposta que entala porque é meio torta, perde. Ele é carinhoso na hora em que você precisa, ganha. Ele não se deu conta que você precisava de um carinho, perde. Ele adianta seus pensamentos, ganha. Ele dorme no ponto, perde. E assim vai mantendo o equilíbrio na balança: o lado bom sempre vencendo o ruim. Que nem filme de mocinho e bandido; o amor é o mocinho, o desamor é o vilão.

Pensei no meu amor, que é tão bonito. Começou de mansinho, foi ganhando terreno e construiu uma casa de muitos metros quadrados, com piscina, quadra de tênis, ofurô, banheira de hidromassagem, jardim de inverno, quintal, muitas flores e plantas. Uma casa segura, sem grades, cerca elétrica e olho mágico.

É tão simples. Você sabe que encontrou o amor quando o mundo se prepara para 2012 e tudo está dando errado, mas ele fala alguma coisa com aquele jeitinho que você se apaixonou e a vida fica colorida. E você ri de tudo, da própria vida, do mau humor, do fim do mundo. Não sei explicar direito, mas o amor pra mim é aquele calorzinho bom que dá no peito da gente quando tudo o que você mais precisa é daquele abraço que limpa qualquer céu cinza cheio de nuvens, carregado, com cara de temporal. E o sol se abre, porque um outro mundo se abre e te invade prometendo que sim, tudo vai dar certo. Tem coisa melhor do que ouvir da pessoa que a gente ama que tudo vai dar certo? A sua melhor amiga pode falar, sua mãe pode desenhar, mas não tem jeito: basta quem você ama dizer tudo vai dar certo que, plim, como um passe de mágica, como o pó mágico, como a varinha de condão mágica, plim, tudo se transforma. E você acredita de novo mais uma vez novamente em mim, em todos, nele.[amor]

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