Arquivo de: 22.out.2009


~ Soneto 29 ~



Quando, malquisto da fortuna e do homem,
Comigo a sós lamento o meu estado,
E lanço aos céus os ais que me consomem,
E olhando para mim maldigo o fado;


Vendo outro ser mais rico de esperança,
Invejando seu porte e os seus amigos;
Se invejo de um a arte, outro a bonança,
Descontente dos sonhos mais antigos;


Se, desprezado e cheio de amargura,
Penso um momento em vós logo, feliz,
Como a ave que abre as asas para a altura,


Esqueço a lama que o meu ser maldiz:
Pois tão doce é lembrar o que valeis
Que está sorte eu não troco nem com reis.


William Shakespeare

Por vontade Própria

( Meritocracia)

A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais,
na medida em que se desigualam.
Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural,
é que se acha a verdadeira lei da igualdade…

Tratar com desigualdade a iguais,
ou a desiguais com igualdade,
seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.


Rui Barbosa





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