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Pensando em 20 de julho

[Amizade]

 

Amigo é uma coisa que a gente perde ao longo da vida. encontramos vários, nos apegamos a alguns e, a certa altura, somos forçados a colocar o prefixo ex antes do nome daquele que enchia nosso coração de carinho e de certeza.

Perder um amigo para a vida, e não por uma fatalidade, é uma dor dilacerante. a gente pensa que amizade é pra sempre, que, quando a gente for velhinho e lembrar de tudo que aconteceu, estarão perto de nós aqueles que a gente escolheu como a família do coração.

Mas a vida tem dessas decepções. uma hora é você que sai de cena.
em outra, a vontade é daquele que te dava toda certeza do mundo de que ficaria ali para sempre.

A primeira vez em que eu tive que tornar um amigo ex-amigo, senti uma dor que acabou comigo. fiquei sem entender, chorei, chorei. por um tempo, foi difícil acreditar de novo na beleza, na simplicidade e nas diversas nuances de uma amizade.

Optei por deixar a amargura de lado e seguir em frente, ainda com esperança de que aquela dor eu não sentiria mais. novas amizades vieram, as que importavam de verdade permaneceram. e não senti aquela dor de novo, não daquele jeito. mas outras dores apareceram pra mostrar que a vida é assim mesmo, por mais que a gente se pergunte se já não teve a nossa cota.

O bom é que dor ensina. e depois que a gente sente uma que parte o coração em mil pedacinhos, aprende a relativizar as outras. e, melhor ainda, renova o olhar diante dos amigos de sempre, aqueles por quem a gente sente todo o amor do mundo e em quem temos a sorte de encontrar reciprocidade.

 

 


[Relato da Daniela Arrais,
mais muito pertinente também a minha pessoa]



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[vista]

O que irá acontecer – todos nós nos perguntamos. – Quanto tempo vamos suportar esse peso e tormento? O palácio imperial atraiu os nômades mas não é capaz de expulsá-los. Os portões permanecem fechados; a guarda, que antes entrava e saía marchando festivamente, mantém-se atrás das janelas gradeadas. A nós, artesãos e comerciantes, foi confiada a salvação da pátria; mas não estamos à altura de uma tarefa dessas, nem jamais nos vangloriamos de estar. É um equívoco e por causa dele vamos nos arruinar

Franz Kafka

Ele é um doce.
Não , não é.
Mas ele pode ser se você pedir com jeitinho.
Ele pode ser alegre se você precisar.
Falante  se você pedir.
Amigo sério se você não desejar rir.

Mas o silêncio é seu lugar de conforto.
Não esqueça disso !

Não.
Não gosta de gente.
Acha as pessoas extremamente enfadonhas
e as poucas que tem
Já bastam.


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Ele me dá Paz.
Depois de um turbilhão sufocante de sentimentos ele é o ar que acalma meus sentidos. Meu Coração bate em ritmo novo, não pareço  sofrer mais daquele infarto crônico. Ele me ouve. Me dá segurança. Incentiva minhas ideias. É alguém com quem posso conversar. É meu amigo antes e depois de tudo. Com ele divido o meu riso mais sincero porque ele já enchugou a lágrima mais profunda do meu peito. Ele segurou minha mão enquanto a vida a arrancava. Ele colou os cacos do meu espírito. Com ele sinto minhas forças renovadas. Ele esperou por mim, respeitou meu momento. Ele entendeu o sentimento. Ele me ofereceu o ombro e deixou escorrer por ele lágrimas destinadas a outra pesssoa. Quem que faz isso? Tem que gostar muito. Ele renunciou algumas coisas boas da vida dele apenas para me ver sorrir. Com ele voltei a sorrir, acredita? Ele me dá Esperança. Respeito. Carinho. Segurança. Conforto.  Alguém alegre como eu. Maduro como eu. Com sonhos parecidos com os meus. Como a gente já se conhece faz algum tempo sei até onde posso contar com ele, logo já não crio expectativas maiores do que as que ele pode me dar e sei bem o que ele espera de mim – ao menos por agora. Com ele não tenho sonhos ambiciosos, mas tenho os olhos dele sem promessas, limpos, apenas com realidades gostosas de se viver. Não vejo esse garoto me fazendo sofrer. Não é da indole dele, sabe? Continuar a Ver »

Ele olhou pro céu e disse que olhar as estrelas é contemplar a morte e mesmo assim acha-la incrivelmente bela, grande parte delas emitiu seu último brilho alguns anos antes da Terra se formar e mesmo assim hoje estamos aqui admirando, algo deixou de existir físicamente mas durante muito e muito tempo será reconhecido pelo brilho de seus intensos momentos de existência. O fim de alguma coisa não tem que ser necessariamente ruim. Por que você diz isso desta forma? – perguntei baixinho, já enxugando a lágrima safada que escorria pelo rosto que se apoiava no ombro dele. Você sabe. Não, não sei. Eu amo você, mas escolhi ficar com ela.

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